Livro: A Lista do Ódio de Jennifer Brown [Resenha + Arquivos]

  

Sinopse

E se você desejasse a morte de uma pessoa e isso acontecesse? E se o assassino fosse alguém que você ama? O namorado de Valerie Leftman, Nick Levil, abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao tentar detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma colega que a maltratava, mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou a criar. A lista com o nome dos estudantes que praticavam bullying contra os dois. A lista que ele usou para escolher seus alvos.
Agora, ainda se recuperando do ferimento e do trauma, Val é forçada a enfrentar uma dura realidade ao voltar para a escola para terminar o Ensino Médio. Assombrada pela lembrança do namorado, que ainda ama, passando por problemas de relacionamento com a família, com os ex-amigos e a garota a quem salvou, Val deve enfrentar seus fantasmas e encontrar seu papel nessa história em que todos são, ao mesmo tempo, responsáveis e vítimas. 

Sobre o livro

Título: A Lista do Ódio
Título Original: Hate List
Autor: Jennifer Brown
Editora: Editora Gutenberg
Gênero:  Ficção Juvenil
Páginas: 272
Publicado em: 2012
Link para download, aqui

Resenha

A Lista do Ódio é um livro da autora Jennifer Brown, lançado em 2009 aqui no Brasil. Esse livro tinha um título diferente, se chamava A Lista Negra, um termo racista, e a editora achou que estava na hora de mudar e colocar algo mais parecido com o título original, em inglês "Hate List". Parabéns a Editora Gutenberg! 

Conheci o livro no título A Lista Negra e li em 2014. Minha memória é tão ruim que comecei a ler A Lista do Ódio pensando que era um outro livro da autora e na verdade li o mesmo e não percebi. Estou chocada que não percebi, mas faz tanto tempo que li que nem lembrava de tudo. Sabia sobre o tema, mas juro que não percebi, e até que adorei descobrir isso agora.

Antes de começar, preciso dizer que a autora Jennifer Brown aborda temas tabus em seus livros que precisam realmente serem discutidos. Mais lá na frente, comentarei mais a respeito.

02 de maio de 2008.
Colégio Gavin.
Uma data que ninguém vai esquecer.


Neste dia, Nicholas Levil, aluno do terceiro ano, entrou na praça de alimentação do colégio e atirou contra os alunos que estavam presentes lá. Cinco alunos morreram. Vários ficaram feridos. Valerie, sua namorada, também levou um tiro ao tentar detê-lo e ela conseguiu salvar a vida de uma colega (que a tratava muito mal...). 

Após cometer o crime, Nick cometeu suicídio.

Acontece que ele não atirou aleatoriamente, ele tinha alvos específicos. Os nomes estavam em um caderno de capa vermelha, uma lista chamada Lista do Ódio, algo feito por Val e Nick. Nesta lista havia nome de coisas e também de pessoas que eles odiavam profundamente e alguns que praticavam bullying com eles dois.

O colégio decidiu que ela não foi cúmplice de Nick, mas sim, uma heroína. Uma parte do colégio não concorda com isso, e nem a própria Val se acha heroína. Ela se sente culpada e responsável pelo o que houve.

Agora, após passar o verão se recuperando do trauma que viveu e do ferimento na perna e se dividir entre ficar em seu quarto e ir á terapia no consultório do Dr. Hieler, ela precisa enfrentar a sua realidade: ter que voltar ao Colégio Gavin e terminar o Ensino Médio. Ou pelo menos, ficar um semestre.

O livro é narrado pela Valerie, além de ser narrado no presente e no passado e ter trechos de matérias de jornais sobre o acontecido. Ficamos sabendo como era o relacionamento dela com Nick, alem do seu relacionamento com a família e com agora os seus ex-amigos, além de saber realmente como surgiu a ideia da lista e também o bullying que eles sofriam dos colegas.


Creio que a leitura desse livro é obrigatória. Casos como esse da ficção, realmente acontecem nos colégios não somente aqui no Brasil, como nos Estados Unidos e em outros lugares. É algo que acontece e que podem sim ser evitados. O bullying é um dos motivos de casos como esse acontecerem e precisamos falar sobre isso e estar em alerta,

A falta de percepção dos pais e professores é bem real, fora a relação entre os jovens, amigos e também os "inimigos''. Val passa o livro tentando entender como ela não viu ou percebeu que aquilo iria acontecer. Ou como estão seus sentimentos em relação a ele e se é que deveria sentir algo, com alguém que destruiu a vida de tantas pessoas...

Eu sou contra a liberação do porte de armas, e nos Estado Unidos os jovens tem acesso a isso com muita facilidade. É importante conversarmos sobre isso também para que situações como essa não aconteça aqui e nem em outro lugar.

 A leitura e profundamente comovente e algumas lágrimas vão rolar. Leitura obrigatória!


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