Sinopse
Um ano após a investigação obsessiva que reescreveu a história de sua pacata cidade, Pip acredita que seus dias de detetive amadora chegaram ao fim. Prometendo nunca mais se envolver no emaranhado de segredos de Little Kilton, a garota planeja lançar um podcast sobre a resolução do caso e voltar a ter uma vida normal.
Até que algo terrível acontece, e ela precisa quebrar sua promessa. Jamie Reynolds, o irmão de um de seus melhores amigos, está desaparecido. Ele foi visto pela última vez no memorial dedicado a Andie Bell e Sal Singh, seis anos após o crime. Seria mera coincidência? Quando a polícia se recusa a agir, Pip decide voltar à ativa.
Com a ajuda dos amigos, dos ouvintes do podcast e de Ravi, ela se lança em uma busca frenética para encontrar Jamie antes que seja tarde demais. Cada segundo conta, e só resta uma certeza: ninguém em Little Kilton é quem diz ser.
Nessa trama afiada, os efeitos da primeira investigação de Pip se misturam com um novo mistério arrepiante. E ela está disposta a correr riscos ainda maiores em sua busca pela verdade. Na sequência de Manual de assassinato para boas garotas, Holly Jackson constrói mais um thriller surpreendente, profundo e impossível de largar.
Sobre o livro
Resenha
"Boa garota nunca mais'' é o terceiro livro da trilogia "Manual de assassinatos para boas garotas" da autora Holly Jackson e lançado pela Intrínseca em 2023. Antes de começar a falar sobre esse livro, vamos recapitular o final do livro anterior que foi extremamente traumático e bárbaro.
Descobrimos que a criança Brunswick era na verdade o Stanley Forbes e Charlie estava se passando por um fake chamada Leila Mead para achar a verdadeira identidade da criança Brunswick. Jamie acabou caindo no papo de Leila e se despôs a ajuda-la e foi de encontro a Stanley, que ao ouvir a palavra "criança Brunswick" se assustou e Jamie o atacou. Após uma briga intensa, Jamie bateu a cabeça e Stanley o levou para sua casa e o prendeu até resolver o que iria fazer. Pip acabou descobrindo que Jamie estava preso na casa de Stanley e resolveu atraí-lo para fora de casa se passando por Leila para que Connor e Ravi pudessem resgatá-lo. Uma vida foi salva, mas infelizmente Stanley foi assassinado por Charlie que estava com sede de vingança. Sua irmã foi umas das vítimas de Scott Brunswick e Stanley foi quem a atraiu até o pai.
Após presenciar tudo isso de perto, Pip fica relembrando essa cena, e ao longo da leitura, fica bem perceptível que ela está com TEPT (estrese pós-traumático). Ela vê suas mãos sujas de sangue de Stanley, ouve o barulho dos tiros, tem crise de ansiedade e não consegue dormir.
Pip não conseguia escapar da morte, mesmo naquela manhã ensolarada no final de agosto, em um momento de descuido com o pai. Parecia que agora toda a sua vida se resumia a isso.
Fica nítido que ela precisa de ajuda e ela até chegou a fazer psicoterapia, mas depois de oito sessões, ela mentiu para todo mundo e disse que estava bem - até o Ravi acreditou. Logo após os acontecimentos, o médico recitou Diazepam, mas ela não podia ficar utilizando esse recurso por muito tempo. Pip precisa criar as próprias estratégias para lidar com o trauma e o estresse e o remédio só irá fazer com que a recuperação do TEPT seja mais difícil.
Mesmo sabendo que o médico tem razão e que realmente deveria fazer terapia, Pip acha que se salvar a vida de um inocente, seria o bastante para salvar a si mesma. Um caso colocaria tudo em ordem. Então ela mergulha de cabeça em um novo caso. O corpo de uma jovem que foi encontrada em Cambridge e que não foi identificada. Pip quer tentar descobrir quem ela era e quem a matou, mas antes que ela possa encontrar respostas, coisas estranhas começam a acontecer.
Quem vai investigar quando você desaparecer? De anonimo987654321@gmail.com.
Pip está recebendo essa mensagem há meses. Começou com essa pergunta no Twitter e sem muita frequência, mas depois começaram a ficar mais frequentes. mas pensou que fosse algum troll. Além disso, ela passa a ver desenhos estranhos em sua calçada e pombos mortos em frente a sua porta. De princípio ela ignora, mas após receber o mesmo email com um p.s. sobre o que tinha na sua porta, ela percebe que não é só alguém querendo assustá-la, mas alguém que está a seguindo. Um stalker.
E o pior era que ela sabia muito bem como tudo aquilo soava. Como ela devia parecer desequilibrada. Mas era isso que ela queria também. Preferia pensar em si mesma como uma pessoa quebrada, vendo perigo onde não havia. Ainda assim, uma chama estava ganhando força em sua cabeça, queimando atrás de seus olhos.
Ninguém acredita nela, nem mesmo a polícia - de novo. Então Pip resolve voltar à ativa e investigar por conta própria.
"Boa garota nunca mais" é narrado pela Pip e é divido em duas partes. O início desse livro é um pouco enrolado, mas quanto mais ela investiga, mas as pontas soltas começam a se conectar e aí fica muito mais interessante.
Não é a vida de outra pessoa que ela precisa salvar, mas a dela mesma dessa vez e não tem como não ficar aflita por ela. E Pip é uma personagem muito inteligente, mas ao mesmo tempo muito burra e se mete em cada situação - que puta merda - e nesse livro ela se envolve em um problema simplesmente inacreditável e precisa de alguma forma de sair dessa situação. Foi uma das partes mais angustiantes que meu coração só faltava sair pela boca. Ficamos o tempo todo torcendo que o plano dela dê certo e o pior que nessa situação que ela se meteu há mil possibilidades de dar muito errado. É tão problemático que não tenha dúvidas que ela vai precisar muito de terapia (se depois do que aconteceu no livro anterior ela já precisava, após esse então).
É nesse livro aqui que entendemos o título do primeiro livro e desse livro fazem o total sentido - a minha cabeça chega explodiu. E mais uma vez, o caso de Andie Bell está conectado neste livro também. Além disso, Ravi é um dos pontos principais na história e nesse livro pós a prova o time Pip-Ravi, e além disso também, o amor deles.
Outro ponto a ser comentado é sobre Max Hastings, que também é outro ponto alto na história. Ele saiu inocentado do crime de estupro contra Beca Bell e Pip deseja que ele seja punido porque ela sabe da verdade. A justiça é falha, isso é tanto na vida real como na ficção, mas Max precisa ter o que ele merece e pagar pelo que ele fez e Pip vai fazer tudo o que estiver o seu alcance para que isso aconteça.
Dessa vez eu não consegui descobrir e nem desconfiar de nada, fui pega de surpresa - e amei. Sobre o final, me agradou muito, chorei horrores e fiquei um bom tempo pensando sobre esse livro e com saudades dos personagens. Pip e Ravi mora no meu coração até hoje. Amei que a autora não deixou o final em aberto e mostrou o que aconteceu depois que tudo acaba.
Essa trilogia foi uma das melhores leituras que tive esse ano e recomendo eles pra todo mundo que gosta do gênero. Sobre esse livros da autora, ela não decepcionou, tudo se encaixou e não teve pontas solta.
Confira os outros livros da série:
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