Livro: Desenhos ocultos de Jason Rekulak [Resenha + Arquivos]

  Sinopse

Aos 21 anos, Mallory Quinn precisa trabalhar. Recém-saída da reabilitação, a jovem consegue um emprego na casa de Ted e Caroline Maxwell, que, aos olhos da vizinhança, levam uma vida perfeita. Sua principal função é tomar conta de Teddy, o filho de cinco anos dos dois.

Mallory imediatamente se apaixona pelo trabalho: mora em um lugar só seu, sai para dar suas corridas noturnas e alcança a tão desejada estabilidade. Além disso, constrói laços sinceros com Teddy, um menino doce e tímido que nunca abandona seu caderno e seu lápis. Em seus desenhos, aparecem os elementos de sempre: árvores, coelhos, balões... Mas um dia, algo diferente surge no papel: um homem em uma floresta, arrastando o corpo inerte de uma mulher.

A partir daí, as ilustrações de Teddy vão se tornando cada vez mais sinistras, e seus bonequinhos de palito logo se transformam em desenhos altamente realistas impossíveis de serem feitos por uma criança de cinco anos.

Assustada, Mallory começa a se questionar se os desenhos não seriam vislumbres de um assassinato sem solução ocorrido décadas atrás nas redondezas, talvez relacionados a uma força sobrenatural. Agora, ela precisa correr contra o tempo para decifrar as imagens e salvar Teddy antes que seja tarde demais.

“Sagaz, assustador e com uma trama magistral”, segundo Ransom Riggs (O lar da srta. Peregrine para crianças peculiares), Desenhos ocultos contém uma série de ilustrações que permeia o livro inteiro e é fundamental para compor sua narrativa. O resultado é um clima sombrio a cada página, com reviravoltas e desenhos de tirar o fôlego...

Sobre o livro


Título: Desenhos ocultos 
Título original: Hidden Pictures: A Novel
Autor: Jason Rekulak
Editora: Intrínseca
Gênero: Suspense, terror, ficção paranormal, mistério, thriller
Páginas: 384
Publicado em: 2022
Classificação indicativa: +15 anos
Link para download, aqui




Resenha

Neste livro conhecemos Mallory Quinn, uma jovem de 21 anos. Ela está há 18 meses em recuperação e não sente mais vontade de usar drogas ou álcool. Fez o Programa Doze Passos e entregou a vida a Jesus Cristo. Você não vai vê-la distribuindo Bíblias, mas ela reza todos os dias para que Ele o ajude a ficar sóbria.

Mallory mora na zona nordeste da Filadélfia, em Safe Harbor, um lar municipal lada mulheres em diferentes estádios de recuperação  de segunda a sexta ela é professora na Aunt Becky Childcare com crianças entre 2 e 5 anos.

Outro fato sobre Mallory é que ela gosta de corrida, e Russel só aceitou a apadrinhar por causa disso. Rusell tem um longo currículo como velocista, mas sua carreira como técnico acabou quando atropelou seu vizinho quando estava chapado de metanfetamina. Passou 5 anos preso, depois se tornou pastor e agora ele apadrinhar de cinco a seis viciados por vez, sendo a maioria atleta.

Russel a incentiva a voltar a treinar e a ter planos para o futuro, começar de novo em outro ambiente, longe dos amigos e dos velhos hábitos. Por isso, ele a arrumou uma entrevista de emprego com Ted e Caroline Maxwell, que são amigos da sua irmã Jeanie. O casal acabou de se mudar de Barcelona para Spring Brook e eles precisam de uma babá para o filho de 5 anos, o Teddy. 

Durante a entrevista, Caroline não faz muitas perguntas pessoais, mas ela conta um pouco sobre sua vida, mas elas conversam mais sobre as regras, trabalho e responsabilidades. Após um tempo, ela decide procurar Teddy para ver como os dois vão se dar e ele está desenhando. 

Caroline explica que enquanto moravam em Barcelona, Teddy não conseguia pegar num lápis e ne se interessava por tinta, canetinhas, aquarela, nada. Não demonstrou nenhum interesse em arte. Mas após chegarem aos Estados Unidos, agora desenha feito um louco e a mãe guarda todos os desenhos do pequeno Picasso.

''E, embora eu saiba que são apenas bonequinhos, há uma delicadeza no desenho que me toca.''

Caroline Maxwell é uma médica que trabalha com o público de usuários em recuperação. Por isso, ela não vê problemas em aceitar Mallory como babá de seu filho, Teddy. A criança tem 5 anos, e está por entrar na escola. É uma criança tímida e retraída.

Ted Maxwell é engenheiro e trabalha com tecnologia, e a Caroline é medica no Hospital de Veteranos com usuários em recuperação. Por isso ela não vê problemas em aceitar a Mallory como babá do seu filho, mas Ted não queria uma pessoa que tivesse que urinar em um copinho toda semana para comprovar que estava sóbria.

No final, Mallory foi realmente contratada e se mudou para um chalé no quintal da casa dos Maxwell. Logo ela se apaixonou pelo trabalho e se ajustou rapidamente a rotina - tanto a rotina dela de acordar ao som dos pássaros e tomar um chá na varanda como a rotina pré-estabelecida de Teddy. 

Teddy é um menino tímido, doce, fácil de agradar, inteligente, afetuoso e adora fazer perguntas desconcertantes - como qualquer criança. A rotina cuidando dele é tranquilo e fácil, mas tem uma pessoa que está causando problemas no seu trabalho: Anya, a amiga imaginária do Teddy, que faz com que ele não siga algumas instruções. 

Tirando isso, Mallory tenta estruturar todas as manhãs alguma grande atividade ou passeio e após o almoço ele tem a "Hora do Silêncio", um momento só dele no quarto e que Mallory aproveita para tirar um cochilo ou ouvir um podcast. Após isso, eles brincam algum jogo de tabuleiro ou vão nadar na piscina. Entre um momento e outro ele mostra os seus desenhos a Mallory, que são típicos de criança, como balões, coelhos, árvores e de momentos dos dois caminhando na floresta ou brincando no quintal. Mas um dia, algo diferente surge no papel: um homem em uma floresta, arrastando o corpo inerte de uma mulher.

“Historicamente, crianças sempre são mais receptivas à comunidade de espíritos. A mente de uma criança não tem todas as barreiras que nós adultos erguemos.”

A partir daí, os desenhos de Teddy vão se tornando cada vez mais sinistros, mais violentos e seus bonequinhos de palito logo se transformam em desenhos altamente realistas impossíveis de serem feitos por uma criança de cinco anos.

Assustada, Mallory começa a se questionar se os desenhos não seriam vislumbres de um assassinato sem solução ocorrido décadas atrás nas redondezas, talvez relacionados a uma força sobrenatural. Agora, ela precisa correr contra o tempo para decifrar as imagens e salvar Teddy antes que seja tarde demais.

“Na minha opinião, tem mulher que não quer ser mãe. Querem ter filhos, querem a foto bonitinha para botar no Facebook. Mas a experiência de ser mãe de fato, será que elas querem?”

Conheci o livro quando dei uma passada na livraria e a capa me encantou! Li os primeiros capítulos e me deixou super intrigada. O livro te prende e os desenhos ajudam muito na imersão da história e nos faz ficar ainda mais curiosos. 

''Desenhos ocultos'' é um livro que não é enrolado nem chato, sua leitura é de fácil compreensão e tem um plow twist de deixar a sua boca aberta - nem passou pela minha cabeça!! O livro, apesar de ser considerado do gênero terror, ele segue mais a linha do suspense - e não, não vai te dar medo se está preocupada(o) com isso. 

Sobre os personagens, são poucos mas o foco inicialmente é na Mallory e depois no Teddy. Mallory é uma personagem forte, mas que luta diariamente para se manter sóbria e contra as suas lembranças do passado que não a deixa em paz. Apesar de sabermos sobre alguns detalhes da vida dela, não sabemos o que a levou para as drogas e nem sobre a sua família, o que deixa a gente com alguns questionamentos durante a leitura. 

''Sei que é errado mentir. Uma parte fundamental da recuperação - provavelmente a mais importante de todas - é assumir o passado, reconhecer todos os erros cometidos. Mas devo admitir que é muito bom abraçar a fantasia, fingir ser uma jovem normal com sonhos normais de jovens.''

Sobre o Teddy, ele é um garotinho de cinco anos muito esperto - ele até mesmo segue regras - e ficou com um interesse repentino em arte. Como você já leu acima, os desenhos de Teddy começam a ficar bizarras com o tempo. De início, Mallory ficou quieta, mas só que as coisas só piora. E para completar, a sua amiga imaginária, a Anya, também o estimula a desenhar certas coisas que uma criança da idade do Teddy não iria imaginar sozinho. Teddy também costuma falar sozinho quando está em sua "Hora do Silêncio" em seu quarto e age como se esperasse a resposta de alguém para prosseguir a conversa. Quando Mallory conversa com os pais, eles não se importam, nem mesmo a mãe que é médica, acha que Teddy só tem uma imaginação fértil e a Anya é só uma amiga imaginária, afinal, é super comum, não é?

“Mas quando observo este desenho e vejo Anya com os olhos cerrados e duas mãos apertando seu pescoço — bem, creio que todos os pais concordariam que isso é doentio!”

Já vi muitas histórias de crianças que tem amigos imaginários e acho realmente que tem crianças - e cachorros também - que são sensíveis a essas questões sobrenaturais. Mas se eu estivesse no lugar dela, não sei se ficaria não e nem sei se iria pensar em Teddy. 

Mallory começa até a duvidar da sua própria sanidade, mas ela está convicta de que alguém está tentando se comunicar através do Teddy depois que soube de um assassinato sem solução que ocorreu naquela região décadas atrás. Mallory vai investigar a fundo, nem que pra isso precise usar o tabuleiro de Ouija para obter respostas. 

O thriller de Jason Rekulak é indicado para maiores de 15 anos e aborda violência, ameaça, assassinato, traumas, traição e perseguição. O autor abordou também sobre veganismo, cristianismo e imigração. O livro teve seus direitos comprados pela Netlix e vai se tornar um longa-metragem. A produção ainda não tem data de estreia, elenco e nem outros detalhes definidos. 

Esse livro foi uma das melhores leituras que tive esse ano! Terminei ele com os olhos marejados -  nem pensei que iria me emocionar, me pegou de surpresa. Super recomendo!! 5 estrelas!

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