Bri é uma jovem de dezesseis anos que sonha se tornar uma das maiores rappers de todos os tempos. Ou, pelo menos, ganhar sua primeira batalha. Filha de uma lenda do hip-hop underground que teve o sucesso interrompido pela morte prematura, Bri carrega o peso dessa herança. Mas é difícil ter a segurança de estrear quando se é hostilizada na escola e, desde que sua mãe perdeu o emprego, os armários e a geladeira estão vazios. Então, Bri transforma toda sua ira em uma primeira canção que viraliza... pelos piores motivos! No centro de uma controvérsia, a menina é reportada pela mídia como uma grande ameaça à sociedade. Mas com uma ordem de despejo ameaçando sua família, ela não tem outra escolha a não ser assumir os rótulos que a opinião pública lhe impôs.
Sobre o livro
Título Original: On The Come Up
Autora: Angie Thomas
Editora: Galera Record
Gênero: Literatura Infanto Juvenil, Young Adult
Páginas: 378
Publicado em: 2019
Link para download, aqui
Resenha
"Na Hora da Virada'' é o segundo livro e mais uma obra da maravilhosa Angie Thomas. Foi lançado pela Galera Record em 2019. Se você gostou de "O ódio que você semeia", também irá gostar deste!
Bri é uma garota de 16 anos, e como toda jovem da sua idade têm muitos sonhos. Ela quer compor e se tornar uma happer de sucesso, assim como o seu pai foi uma lenda do hi-hop. A carreira dele foi interrompida pela morte prematura e Bri carrega o peso dessa herança. Apesar de ter seu pai como a sua maior inspiração, ela não quer ser lembrada por causa dele. Bri quer ganhar o mundo com suas músicas e ser lembrada por seu próprio nome.
''Querer fazer uma coisa é diferente de achar que é possível. O rap é meu sonho desde sempre, mas sonhos não são reais. Ou a gente acorda ou a realidade faz com que pareçam idiotas.''
Mas as coisas não são tão simples e fáceis, principalmente para uma garota negra, moradora do subúrbio da cidade, onde se tem medo de tudo. Até mesmo da polícia que deveria proteger, mais ameaça do que protege.
Em casa, as coisas não estão indo bem também. Os armários e a geladeira estão vazios. Sua mãe está desempregada e seu irmão que é formado e graduado está fazendo o maior esforço pra ajudar a colocar a comida na mesa, trabalhando em uma pizzaria. E ainda eles podem ser despedidos por causa dos atrasos do aluguel. Bri quer ajudar também, mas sua mãe quer que ela se concentre nos seus estudos.
“Se pudesse, daria tudo que o mundo tem para deixar a minha família bem.”
No Garden há somente duas escolas, mas o ensino não é de qualidade, então ela estuda em outro bairro, em uma escola onde a maioria dos estudantes são brancos. Lá, os negros e latinos não são tratados da mesma forma. Um dia, quando Bri vai para a escola, na hora da revista dos alunos, um dos seguranças a param e a jogam no chão como se Bri fosse alguma marginal. Foi algo de ser traficante, sendo que ela não é. Isso nunca aconteceu em nenhum aluno branco da escola.
Bri então transforma sua ira e revolta em uma música e surge então sua primeira canção. Sem esperar algum resultado, posta sua canção em um site e acaba viralizando.
''Eu falo sem pensar? O tempo todo. Meu temperamento vai de zero a cem em segundos? Claro. Mas, pelo jeito como as pessoas resmungam, elas parecem concordar.''
A música acabou se tornando um enorme sucesso, mas por ter despejado sua ira em rimas, começa a enfrentar problemas pela escolha de suas palavras, como se tudo o que ela falou fosse uma ameaça a todos, então passa a ser rotulada. A fama trouxe visibilidade e junto no pacote veio as cobranças e os problemas. Agora Bri vai ter que lidar com as consequências e mostrar ao mundo o que ela realmente estava querendo dizer.
No meio desses rótulos, racismos, medos, anseios e determinação, a história da jovem Bri começa a ganhar vida.
Na Hora da Virada é o segundo livro que li da autora e novamente ela toca em assuntos como preconceito, rótulos e racismo, que são extremamente importantes a serem abordados, afinal, tudo isso acontece ainda na nossa sociedade. Diariamente vemos nos noticiários casos e mais casos de racismo e preconceito. Todos os dias, nós negros, passamos por situações que não deveríamos passar.
O livro nos faz refletir e nos questionar sobre isso, sobre a dificuldade em ser quem você realmente é e também sobre a luta pelos nossos sonhos. Ainda fala também sobre o tráfico de drogas, machismo, rixas de gangue e relações familiares. Os outros personagens também fazem a história ser ainda mais carismática, abordando também sobre amizade.
Eu amo o fato que as personagens dos livros da Angie Thomas são negras. Quantas Bris estão aí mundo a fora? Que precisam ser ouvidas? Representatividade importa!
O livro é dividido em três partes e é voltado para o público jovem, mas que todos deveriam ler. Leiam essa obra e os demais livros, que são totalmente perfeitos e sem defeitos!
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