Sinopse
Mistura de Entre Facas e Segredos e livros de Agatha Christie, romance de mistério australiano traz enredo divertidíssimo para quem ama histórias de investigação
Os Cunningham são uma família bem típica: uma tia maníaca por organização, um padrasto inconveniente, uma irmã sarcástica, uma matriarca cheia de vontades, um irmão controverso… E eles têm lá seus problemas. Para começar, não se dão muito bem. Nem são exatamente próximos. Só que uma coisa os une: todo mundo ali já matou alguém.
Depois de três anos bem atribulados, um final de semana em um resort nas montanhas lhes dá a oportunidade de rever os familiares, bater uns papos constrangedores e talvez até reatar algumas relações. Até que, como acontece em (quase) qualquer encontro de família, um cadáver aparece.
As coisas já não estavam lá muito legais antes mesmo de alguém cair morto, mas, com um histórico como o deles, em pouco tempo não resta dúvida de que só um dos Cunningham poderia ser o responsável por aquela morte. E, conforme a neve rapidamente se acumula, mais corpos são encontrados e os reforços policiais não chegam, a resolução do crime fica nas mãos de um dos membros da família: um escritor especialista em livros de detetive. O que poderia dar errado?
Sobre o livro
Páginas: 384
Resenha
"Todo mundo da minha família já matou alguém'' é o primeiro livro do autor Benjamin Stevenson publicado aqui no Brasil, pela editora Intrínseca em 2023. Além de escritor, ele é um comediante stand-up e já trabalhou em editoras e agências literárias na Austrália e nos Estados Unidos.
Nesse livro vamos conhecer a família Cunningham/Garcia, e assim como toda família não é perfeita e tem seus problemas, essa família não é diferente. Eles não são próximos e também não se dão muito bem, mas há uma coisa que todos eles têm em comum: todo mundo já matou alguém.
O narrador e o personagem principal da história é o Ernest Cunningham. A família Cunningham/Garcia costumam se reunir uma vez ou outra, mas dessa vez a reunião será diferente. O irmão de Ernest, o Michael acabou de sair da prisão, e foi ele que deu o depoimento que condenou o seu irmão. Katherine, a tia deles, resolveu reunir a família para todos se reconectarem em um resort isolado nas montanhas em meio a neve. O convite prometia um fim de semana divertido onde todos poderiam aproveitar para botar a conversa em dia e reatar algumas relações, mas então um cadáver aparece... Como em qualquer encontro da família Cunningham.
Acontece que essa família já tem uma má reputação e um péssimo histórico, então só poderia ser que alguém da família foi o responsável por aquela morte, só resta saber quem é. Conforme o tempo vai passando, a neve vai aumentando e mais corpos vão sendo encontrados. A policia não consegue chegar de maneira rápida por causa da neve e a investigação desse crime fica nas mãos de um dos membro da família Cunningham, que é um escritor especialista em livros de detetive: o Ernest Cunninghan.
O que poderia dar errado?
''Todo mundo da minha família já matou alguém'' é um livro de investigação e mistério. Como falei acima, o Ernest é um autor de livros que fala como escrever mistérios - tipo manuais - e ele interage com o leitor em sua narração. Ernest nos conta, ainda nas primeiras páginas do livro como a estrutura de um livro de mistério deve ter, as regras que não deve quebrar, e ainda diz em quais capítulo algumas mortes acontecem, porcentagem da bateria do celular e deixa claro algumas coisas que vão acontecer e deixa bem claro que ele não irá te enganar, mas será que ele é realmente confiável?
É Ernest quem nos conta como cada um da família já matou alguém, nos conta também o passado de cada membro da família e quem foram suas vítimas, por isso a narrativa vai intercalando entre presente e passado. A história se passa em dois dias, tendo como cenário o resort em que a família está hospedada. Vale lembrar que não só tem eles lá hospedados, há outras pessoas também.
Foi lendo esse livro que percebi que não gosto desse tipo de narrativa, onde o narrador interage e fala diretamente com o leitor. Gosto quando o personagem quebra a quarta parede em série ou filme, em livro já não prende tanto a minha atenção. É interessante sim esses detalhes que o Ernest conta como um livro de mistério deve ser porque também é uma forma de pista/dica pra gente investigar durante a leitura, mas confesso que não me liguei muito nisso não porque eu nunca descubro, sou péssima nisso.
E agora vamos lá sobre o que eu achei sobre o livro...
Apesar de ser um livro de investigação e mistério, o autor disse que colocou um pouco de comédia em sua obra - afinal ele é comediante -, mas sendo sincera, não vi onde estava o humor... O livro é muito complexo e tem MUITAS informações, algumas explicações são realmente necessária para a explicação da história e do mistério em si, mas outras achei desnecessária. Tem uma morte que é sem nexo nenhum, que nem deveria contabilizar. Tem MUITA enrolação e a leitura não é fluída, na verdade é entediante, continuei a leitura pela fofoca familiar e foi um sacrifício para conseguir terminar e ainda tinha capítulos gigantes, o que torna a leitura cansativa. Os personagens não são nada cativantes ep pouco demonstram emoção. Quando chegou no final, eu já nem estava ligando e nem foi surpreendente, foi um absoluto nada.
Dizem que esse livro é uma mistura dos livros de Agatha Christie com o filme ''Entre facas e segredos'', mas como não li os livros da autora, nem posso dizer sobre o assunto (apesar de já ter tentado, acho que os livros dela não serão muito a minha praia) e com o filme posso até concordar, lembra um pouco, mas o filme é muito melhor. Talvez se o livro fosse em formato de filme, prenderia bem mais a atenção do que em forma de livro. Falando nisso, o livro será adaptado para as telas.
A leitura no final nem valeu a pena e realmente estava com expectativas, afinal, o título do livro chama muita a atenção. Pra mim, foi uma perda de tempo total, mas há algumas pessoas que gostaram do livro. E como eu sempre digo, tente.
E vocês? Leram esse livro? O que acharam?
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